A Caixa Econômica Federal está estudando a possibilidade de que as novas taxas de crédito imobiliário, mais baixas, possam ser transferidas para contratos antigos com o próprio banco, que tinham juros mais altos. A afirmação foi feita nesta quinta-feira pelo presidente da instituição financeira, Pedro Guimarães.
O banco anunciou nesta manhã a redução da taxa de crédito imobiliário atrelada à Taxa Referencial (TR), de TR + 6,75% ao ano para TR + 6,5% ao ano. Por enquanto, as taxas novas são para novos contratos. “Elas valem a partir de segunda-feira”, disse Jair Mahl, vice-presidente de habitação.
Também houve redução no cheque especial. No caso da conta salário, a taxa passou de 4,99% ao mês para 4,95% ao mês. No caso dos clientes que não recebem seu salário na Caixa, foi de 8,99% ao mês para 8% ao mês.
De acordo com Guimarães, a redução no crédito imobiliário é “relevante”, enquanto no cheque especial, “marginal”. “Já estamos antecipando a decisão do CMN [Conselho Monetário Nacional] sobre cheque especial”, disse, citando o teto de 8% ao mês para as taxas dessa linha.
Neste ano, a Caixa já liberou R$ 56 bilhões de crédito para pessoas físicas, segundo o presidente. De acordo com ele, a estratégia atual do banco é diminuir as taxas tanto para o crédito imobiliário quanto para o crédito direcionado ao consumo. “Estamos fazendo o movimento [de corte] nas linhas que nossos clientes mais utilizam”, disse.
“Pela primeira vez em muitos anos estamos crescendo a nossa carteira de crédito para pessoas físicas.”
Ele também afirmou que o banco está invertendo uma lógica de administrações anteriores, diminuindo desta vez os empréstimos para grandes empresas e aumentando os empréstimos para “os pequenos, mais humildes”.
Por fim, segundo Guimarães, a carteira da Caixa para crédito imobiliário com funding de poupança cresceu 96,5% no ano até outubro em relação ao mesmo período do ano passado. Já a média do mercado foi de alta de 34%.
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